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terça-feira, 3 de setembro de 2013

Não seria Eu

    Se não fosse essa alegria esparramada, essas caras e bocas, piadas piegas e esses contos de amor, não seria eu. Essa coisinha aqui, míope, os olhos curiosos, a mente embaçada, sorrindo como boba ao se encantar com alguém. E depois, solitária, desfaz todas as ilusões, iludindo-se ao prometer não refazê-las.
    Se não fossem essas caminhadas sob a chuva, as lágrimas no meio da noite, os gemidos contidos pelo travesseiro, o orgulho constantemente sendo desmontado,  não seria eu. Cheia de verdades não ditas, histórias guardadas, estórias eternizadas. Meio assim, contraditória.
    Ela é assim, meio de lua, meio do contra, mas nunca meia. De poucos amigos, de grandes aventuras. Constantemente enfeitando a realidade pra sobreviver.
    Se não fosse essa mania de falar de si na terceira pessoa, tampouco seria eu.
    Se não fossem esses livros sobre a cama, a estante lotada, esse frio ameno; se não fosse a cafeteria, o grupo de louvor jovem da igreja, as piadas internas do curso de inglês; se não fossem essas mudanças constantes, o mal humor cômico, esse pseudointelectualismo...
    Bem, não seria eu.
Essa é uma tag que teve início na música Capitão Gancho, da Clarice Falcão (escuta, é linda!). Eu fui indicada pela Paula do Utopia Concreta, e digo que vale a pena clicar nesse link e ver o texto dela - está um amor! Espero que tenham gostado, apesar de estar bem pessoal. E como eu realmente tenho algum problema com fotos pessoais, resolvi, por fim, não colocar foto alguma. 

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Sobre o chamado de um escritor

    Não existe uma regra geral para saber se você foi chamado para ser escritor ou não, acho. Isso parece ser muito singular, íntimo, para todo mundo. Talvez seja com um eureka! dentro de uma banheira, assim como foi com o nosso querido Arquimedes com a sua descoberta célebre, mas não creio que seja tão simples.
     Há quem nasça, entretanto, aparentemente predestinado a seguir carreira, como a autora Samanta Holtz que faz aniversário em pleno Dia Mundial do Livro, ou talvez mesmo hoje, no dia do escritor, algum escritor que eu não conheça – ou até mesmo você, meu caro e estimado leitor – esteja apagando velinhas, porém ainda não é regra, só uma coincidência peculiar. Ser escritor vai muito além de ter boas ideias, virar best-seller ou já ter sido publicado.
    Eu sei, não sou uma expert no assunto, sou apenas uma pseudointelectual que sonha em estar nesse ramo, mas acredito que ser um escritor está mais associado a um estilo de vida do que a qualquer outra coisa. Nina Auras, uma jovem que publicou um livro aos catorze anos, quando foi indagada sobre essa façanha disse que “[...] a escrita não é algo que você domina, é algo que domina você”. Não é uma escolha, é uma necessidade.
    Adaptando um pouco o que Mario Quintana disse, “quem escreve salva um afogado”, nem que o afogado em questão seja você mesmo. Clarice Lispector escrevia desesperadamente como se para salvar alguém, que no fundo era ela própria. Escrever é isso, preencher nossas lacunas existenciais com uma intensidade de quem passa a viver através de meras vinte e sete letras. Para, no fim, se desapegar.  “A escrita não ressuscita. Ela enterra”, essa é do John Green.  É um começar e recomeçar constantes para poder seguir em frente.

    Por isso não podia deixar essa data passar batida. À cada um que se identificou, blogueiro, escritor de gaveta, dou-lhe meus afetuosos parabéns.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ficção em Tópicos

    Antes de  tudo, venho me desculpar pelo sumiço. A festa de aniversário, os vários parentes vindo conhecer como é o lado frio de Pernambuco (é, minha família todo mora em estados distantes, por isso estou super empolgada pelo fato de ser a primeira vez que eles vêm me visitar, irão chegar na madrugada de quinta. Festas de aniversário juntam as pessoas!) e todos os simulados e testes me afastaram completamente do computador. Eu até estou com um texto pronto mas resolvi não publicá-lo agora, só semana que vem, trazendo uma indicação de um site super legal com ótimas dicas para quem escreve - qualquer coisa que seja.
    Como sabem, tenho o sonho de ser escritora, mas sou muito insegura Tentando melhorar, procurei um monte de coisas na internet que me ajudassem a superar esses meus problemas, porque quando penso que entendo bem de algo, simplesmente faço sem dar tanta importância. Foi assim que encontrei o Ficção em Tópicos.

domingo, 14 de abril de 2013

Um ano, sessenta e um textos e uma infinidade de histórias

    Nunca fui boa com datas comemorativas. Eu sempre lembro delas, mas nunca comento, finjo que é um dia como qualquer outro, afinal, é. Podem ver, nunca escrevo um texto comemorando natal, dias dos pais, mães, namorados, primos, amigos ou sei lá. Não vejo necessidade e, principalmente, não sei o que falar. O máximo que consigo é no ano novo, porque todo àquele clima me invade, aquela coisa de nova etapa e normalmente eu fico tomada de tanto medo que se não escrever tudo o que está me invadindo acho que acabaria enlouquecendo. Nem que seja só para agradecer. Eu tenho mania de agradecer por tudo!
    Mas têm datas que não dá pra passar batido, tipo aniversário. É uma nova etapa, qual é! Nesses dias eu agradeço em dobro, mesmo que o aniversário não seja meu. É o caso do blog. Um aninho. Uau! Pena que não estou tão presente como gostaria e não tão boa quanto queria. Revoada anda me sugando a criatividade e a vontade de escrever, o diário que comecei nesse ano também, embora já não escreva nele há um tempinho porque Revoada vem me tomando o juízo, seguido pelos simulados e uma vontade meio insana que me invadiu ultimamente de ler pra caramba, sem conseguir parar (okay, o fato de eu ter achado um blog super bacana que disponibiliza livros bem leves totalmente gratuitos e seguros além de aceitar pedidos esteja me fazendo pirar de felicidade).
    Engraçado, o Florescer e Palavrear já faz parte da minha vida. Há tempos é um refúgio, uma dimensão paralela em que me permito devanear e ser algo próximo de mim mesma - é, ainda não sei quem sou. Por causa desse cantinho, dos meus leitores, eu praticava mais a escrita e devo a vocês qualquer evolução que ela tenha tido. Saber que há pessoas que querem ler o que eu escrevo faz com que não queira decepcioná-los, assim vou aprimorando, pouco a pouco, me esforçando. Sem falar que às vezes tenho de desabafar por aqui, porque gosto de ver que sou normal, que várias pessoas passam/passaram por isso, me sinto mais forte para continuar tentando. Afinal, acho que a vida se resume a isso: tentativas. Elas podem não dar certo 100% das vezes mas a gente acaba aprendendo algo.
    Esse blog foi a minha segunda tentativa (séria, por brincadeira deve estar por volta da quarta) e, se quer saber, creio que acertei. Por mais que ultimamente eu venha enrolando vocês com resenhas por causa da minha falta de criatividade, sinto que há pessoas que realmente vêm aqui porque gostam de ler todas as minhas sentimentalidades, sinto que gastei esse ano de forma útil.
    Chegou a hora de agradecer. Estou dando um abraço imaginário em cada um agora; me sinto em casa. É, este blog é essa casa imaginária, então senta e sinta-se à vontade. Uma infinidade de histórias, eu coloquei no título. É, nessa casa vocês se sentem tão bem a ponto de me contar sobre vocês e eu sempre sorrio ao ver esse tipo de comentário. E eu realmente só tenho a agradecer. Por tudo.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Devoradora de Livros

    Lembro-me que, por volta do final do ano passado, eu havia ido a única livraria da minha cidade para gastar o cheque que ganhei da escola num projeto de leitura.
    Cheguei entusiasmada com a ideia de comprar o último que me faltava, um que desejava há muito, Marina, de Carlos Ruiz Záfon. Ele não havia chegado e nem chegou até hoje, por isso entretive-me à procurar outro, só queria terminar logo. Comprei O Diário de Anne Frank por impulso, não me arrependi.
    Na hora de pagar, tive de explicar sobre o cheque, já que sabia que o funcionário era novo. Na verdade, conheço todos os funcionários de tanto que vou lá. Aliás, nunca mais o vi, mas duvido que um dia esquecerei do ele disse, sorrindo, ao entender do que se tratava:
    —  Ah, a devoradora de livros!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Uma estória sobre vingança. E amor.

Seus lábios se moviam sutilmente. Nenhum som se ouvia vindo dela, exceto o seu choro sofrido e descontrolado. Embora Romeu ouvisse claramente a sua voz, suas palavras mudas só eram compreensíveis a ele, que, em sua nostalgia e cólera, percebeu que Émilie havia feito a mesma pergunta em seus últimos suspiros ensanguentados sobre o seu colo. Por quê? repetia uma alma atingida por uma lembrança morta.
Amargo - Uma estória sobre vingança. E amor. - Samyle S.

Pra ninguém dizer que falo que quero ser escritora mas que não trabalho em nada. Este é um dos meus futuros projetos, é o meu xodó *.*