Olha o sorriso, menina, há tempos que não o vejo no canto da tua boca. Sei, sei, você nunca foi de sorrir, a sua face continuará sendo para mim perturbadoramente melancólica, embora as pessoas insistam em ver apenas o fino véu doce e imaculado que a encobre e esconde esse olhos tristes. Por que apenas eu noto, menina? Que feitiço lançastes neles? Tua alegria e leviandade natural te tornam adorável, mas eu ainda posso ouvir o grito da tua alma.
Acaso não percebes a dor que te provocas? Dissimular nunca foi uma resposta, apenas um pedido desesperado por tempo. E tempo, menina, não é algo que se ganha, somente que se gasta, na maioria das vezes com coisas vãs.
Não me venhas com essa cara azeda. Não está tão frio lá fora quanto tem estado o teu coração, e isto é assustador. Não deves esquecer que apesar de tudo ainda és uma criança, mesmo que os anos tenham te acrescentado responsabilidades. Quando foi a última vez que olhastes para ti mesma? Até eu, por que já não conversas comigo?
Não me venha com desculpas fajutas, já enganastes muitos, mas nunca a mim. Nem essas lágrimas, não obstante a sinceridade delas, podem amolecer-me. Estou esperando que chores por ti mesma, minha cara. Estou esperando que faças algo por ti há muito tempo.
Ah, e por favor, deixe de tentar enganar-me, sei que não estás feliz, mas saiba que foi tu que, infelizmente, te abandonastes, foi tu quem lançou fora os teus sonhos. Porque sempre há como lutar, pequena, principalmente por si própria. Mas agora me fartei de ti e estou a ponto de ir embora. E não olhe-me assim, que machuca-me ainda mais. Acho que você se perdeu nas tuas mentiras, até eu estou sendo afetada portanto também terei de ir. Desisti, pequena. Não esqueça porém que sou você.
Acaso não percebes a dor que te provocas? Dissimular nunca foi uma resposta, apenas um pedido desesperado por tempo. E tempo, menina, não é algo que se ganha, somente que se gasta, na maioria das vezes com coisas vãs.
Não me venhas com essa cara azeda. Não está tão frio lá fora quanto tem estado o teu coração, e isto é assustador. Não deves esquecer que apesar de tudo ainda és uma criança, mesmo que os anos tenham te acrescentado responsabilidades. Quando foi a última vez que olhastes para ti mesma? Até eu, por que já não conversas comigo?
Não me venha com desculpas fajutas, já enganastes muitos, mas nunca a mim. Nem essas lágrimas, não obstante a sinceridade delas, podem amolecer-me. Estou esperando que chores por ti mesma, minha cara. Estou esperando que faças algo por ti há muito tempo.
Ah, e por favor, deixe de tentar enganar-me, sei que não estás feliz, mas saiba que foi tu que, infelizmente, te abandonastes, foi tu quem lançou fora os teus sonhos. Porque sempre há como lutar, pequena, principalmente por si própria. Mas agora me fartei de ti e estou a ponto de ir embora. E não olhe-me assim, que machuca-me ainda mais. Acho que você se perdeu nas tuas mentiras, até eu estou sendo afetada portanto também terei de ir. Desisti, pequena. Não esqueça porém que sou você.
Nossa, é tão subjetivo. Você escreve muito bem. Sabe quando a gente lê algo e parece que se conhece aquilo, por parece tanto com o nosso interior? Então, parece que eu já conheço o que você escreveu, só que escrito com outras palavras.
ResponderExcluirhttp://doisquintos.blogspot.com.br/
Uau, quem diria, eu estava meio que devaneando nesse dia. Até estranhei que, de uma hora para outra, minha escrita mudou totalmente. Ai eu lembrei de uma frase da Nina Auras, "escrever não é algo que você domina, é algo que domina você" e tbm pensei no John Green dizendo que ele basicamente virava outra pessoa quando escrevia e passei a entender um pouco...
ExcluirUau, simplesmente amei esse seu texto!
ResponderExcluirAs vezes nossos atos realizados por algum "motivo de força maior" nos fazem agir de uma maneira que não corresponde ao que realmente somos, ao que costumávamos ser, ao que éramos há tempos atrás. As vezes isso pode ser bom, mudar para melhor. Mas, outras vezes, muda-se para "pior", perde-se em meio a uma personalidade diferente, em que é impossível não ser a garota dos olhos tristes. Enfim, até a nossa essência desiste do que nos tornamos.
É, esse foi a parte que mais me marcou, às vezes a gente muda tanto que nem percebe que se perdeu no caminho...
ExcluirQue lindo, Samyle! Acho, na verdade, que todos acabamos perdendo uma parte de nós mesmos algum dia. É inevitável. Mas podemos escolher correr atrás, alcançar- ou apenas deixar ir. Adorei o texto♥
ResponderExcluirBeijos,
http://menina-do-sol.blogspot.com.br/
Realmente, acho que isso muitas vezes é necessário, mas também deixamos coisas boas passarem, dessas deveríamos correr atrás.
Excluir"Quando foi a última vez que olhastes para ti mesma?" essa parte me lembrou do meu professor de sociologia tentando lembrar do 'resto' da frase de Socrates, conheça-te a ti mesmo. Morri de rir das coisa que ele tava falando (tinha nada a ver).
ResponderExcluirGostei do seu texto, me fez pensar em muitas coisas, mas não consigo explicar exatamente o que.
Gostei. Um texto dirigido a alguém. Eu costumava escrever assim, textos para mim mesma
ResponderExcluir»»» Emilie Escreve
Eu vivo fazendo isso, mas curiosamente dessa vez não foi pra mim, eu estava simplesmente devaneando ao acordar e puff! saiu isso.
ExcluirOlá
ResponderExcluirLindo texto, como sempre.
Beijos
cocacolaecupcake.blogspot.com.br
Aaah, saudade de você por aqui *.*
ExcluirSem palavraas! perfeito! me identifiquei muito com o texto**
ResponderExcluiramooooo os seus textos **
beijo floor(:
minhahistoriasendofeita.blogspot.com.br
Nossa que lindo...
ResponderExcluirAdolecentro
Muito bem escrito o seu texto, como sempre.
ResponderExcluirAdorei o texto, pois é algo que já ocorreu e volta a ocorrer comigo.
Tecido Doce
Oi! Adorei o blog, que textos lindos :O e já estou a seguir! Visita o meu e se gostares segue também: lightweight-fly.blogspot.pt x)
ResponderExcluirXO *-*
Samy, você tem muito talento.. suas palavras tocam o coração, fiquei emocionada lendo.
ResponderExcluiramo ler e reler o que você escreve, parabéns!
http://blahoestraich.blogspot.com.br
Uau, nem sei o que dizer. É algo tão único mexer com os sentimentos dos outros, são meras letras de um alfabeto, formando palavras e alcançando pessoas. É uma experiência única, por isso é tão bom escrever...
ExcluirQuando cheguei no meio do texto pensei que a menina pudesse estar falando com ela mesma. Adorei.
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