No caminho de volta para casa, Mateus agia como de costume, ria e falava o que lhe viesse à mente. Quisera ela estar igual! Sentia um bolo na garganta, seu coração apertava contra o peito. E tudo piorou quando ele começou a falar de Camile.
Isso a irritava tanto, tanto! O que tinha Camile? Por que se importar com Camile? Céus, por que, logo hoje, tinham de falar de Camile?
Ela era insipida, excessivamente tímida, quase uma anti-social. A única pessoa com quem conversava, ao menos até um tempinho atrás, era Mateus. Ele era assim, gostava de ajudar aos outros, ela própria já foi muito beneficiada com isso. Mas Louise sentia que, de algum modo, isso estava passando dos limites.
"Mateus, por que você se importa tanto?", soltou. Depois, virou o rosto, enrubescida.
"Não sei... Talvez porque eu queira fazer do meu último ano o melhor?", riu, provavelmente da sua própria ingenuidade. Caramba, como esse sorriso destruía todos os seus ataques e defesas?
Não havia nenhuma mentira nisso, ela sabia. Só não era a verdade completa, só não era uma explicação satisfatória. Louise estava com medo, admitia. Seu receio estava no que tanto tentava ignorar, no humor dele, no jeito dele... As coisas estavam mudando, era evidente. Camile a perturbava, Camile obrigou-a a estar ali, neste momento, a ponto de se arriscar como nunca antes na sua vida.
"Está emburrada com o quê?", ele perguntou, tirando-a de seus pensamentos.
"Nada, estou normal", murmurou. Haviam chegado na encruzilhada em que se despediam. O tempo estava se esgotando.
Subitamente, Mateus encarou-a de frente, perto o suficiente para que seu coração começasse a dançar descontrolado. Apertou suas bochechas e forçou-lhe um sorriso, como quando eram crianças. "Olha que sorriso lindo...", ele falou enquanto Louise se afastava de suas mãos. Eles estavam velhos demais para isso, mas Mateus sempre agia assim quando a via desanimada e ela, tolinha, sempre sorria depois. Isso foi o suficiente para que ele se sentisse satisfeito. Sorrindo, acenou e seguiu pela rua.
Ela o olhou afastar-se, tentando recuperar a coragem. No entanto, Louise sabia, sempre soube que...
"Mateus!", gritou, antes que pudesse perder todas as suas chances. Ele virou-se, surpreso. "Eu amo você", soltou.
Ele arqueou as sobrancelhas, em seguida sorriu. O seu sorriso meio brincalhão, meio fraternal, mas sem dúvida feliz. "Eu também", falou enquanto continuava seu caminho de volta para casa.
Ela já sabia a resposta, o que não impediu que doesse. E uma lagrimazinha teimosa escorreu pelo seu rosto, se contrapondo a repentina calmaria do seu coração.
Isso a irritava tanto, tanto! O que tinha Camile? Por que se importar com Camile? Céus, por que, logo hoje, tinham de falar de Camile?
Ela era insipida, excessivamente tímida, quase uma anti-social. A única pessoa com quem conversava, ao menos até um tempinho atrás, era Mateus. Ele era assim, gostava de ajudar aos outros, ela própria já foi muito beneficiada com isso. Mas Louise sentia que, de algum modo, isso estava passando dos limites.
"Mateus, por que você se importa tanto?", soltou. Depois, virou o rosto, enrubescida.
"Não sei... Talvez porque eu queira fazer do meu último ano o melhor?", riu, provavelmente da sua própria ingenuidade. Caramba, como esse sorriso destruía todos os seus ataques e defesas?
Não havia nenhuma mentira nisso, ela sabia. Só não era a verdade completa, só não era uma explicação satisfatória. Louise estava com medo, admitia. Seu receio estava no que tanto tentava ignorar, no humor dele, no jeito dele... As coisas estavam mudando, era evidente. Camile a perturbava, Camile obrigou-a a estar ali, neste momento, a ponto de se arriscar como nunca antes na sua vida.
"Está emburrada com o quê?", ele perguntou, tirando-a de seus pensamentos.
"Nada, estou normal", murmurou. Haviam chegado na encruzilhada em que se despediam. O tempo estava se esgotando.
Subitamente, Mateus encarou-a de frente, perto o suficiente para que seu coração começasse a dançar descontrolado. Apertou suas bochechas e forçou-lhe um sorriso, como quando eram crianças. "Olha que sorriso lindo...", ele falou enquanto Louise se afastava de suas mãos. Eles estavam velhos demais para isso, mas Mateus sempre agia assim quando a via desanimada e ela, tolinha, sempre sorria depois. Isso foi o suficiente para que ele se sentisse satisfeito. Sorrindo, acenou e seguiu pela rua.
Ela o olhou afastar-se, tentando recuperar a coragem. No entanto, Louise sabia, sempre soube que...
"Mateus!", gritou, antes que pudesse perder todas as suas chances. Ele virou-se, surpreso. "Eu amo você", soltou.
Ele arqueou as sobrancelhas, em seguida sorriu. O seu sorriso meio brincalhão, meio fraternal, mas sem dúvida feliz. "Eu também", falou enquanto continuava seu caminho de volta para casa.
Ela já sabia a resposta, o que não impediu que doesse. E uma lagrimazinha teimosa escorreu pelo seu rosto, se contrapondo a repentina calmaria do seu coração.
Entenderam por que eu disse que esse conto seria um pouco diferente? Uma dica: o título resume tudo. Espero que tenham gostado dele assim como eu, ou talvez até mais, embora não esteja tão bem escrito (se é que, alguma vez, já fiz algo muito bem escrito). Sei lá, só achei tão bonito, uma coisa tão rara hoje em dia... Mas e aí, vocês conseguiram adivinhar como seria o final?
É sempre assim no último minuto dizemos as coisas que evitamos tanto...
ResponderExcluirSó li essa parte do conto, mas parece ser lindo^^
Estou seguindo!
Retribui?
Beijos, http://livrosebatons.blogspot.com.br
Realmente um pouco diferente, mas eu gostei.... Não posso contar os meus finais, se não demoraria horas e horas... cada coisa diferente que passou pela minha cabeça, que daria para escrever versões e versões desse texto.
ResponderExcluir@esteffanifontes, do blog Aos Dezesseis Anos
aosdezesseisanos.blogspot.com.br
Haha, aticei a sua imaginação! Mas a graça foi tê-los surpreendido.
ExcluirEu gostei muito, Samyle, justamente por te sido diferente. O legal é que, mesmo com todos os clichês no mundo, você conseguiu escrever uma coisa única, sabe? E bem escrita sim (suas coisas são bem escritas, para de ser modesta).
ResponderExcluirbeijinhos
Hipérboles
@hiperbolismos
Tá, tem textos que eu realmente fico boquiaberta com quão bons eles ficam, mas esse achei bem simples, só a mensagem em si que me encantou, sabe? Até achei que vocês não gostariam...
ExcluirFicou muito bem escrito, adorei o conto *-*
ResponderExcluirficou excelente o final, ameeei! e eu não fazia a minima ideia de como seria o finaal. mais gosteei bastante **
ResponderExcluirminhahistoriasendofeita.blogspot.com.br
bjo floor **
queeeeee lindo e que talento com as palavras *-* hahhaha
ResponderExcluirhttp://blahoestraich.blogspot.com.br
Imaginei um final completamente diferente e piores que esse. Ficou tão lindo! *-*
ResponderExcluirbeijos, feliz páscoa! (:
umsoprononada.blogspot.com.br
Awwn, surpreendi mais alguém! Tipo, esse conto mostra um amor de amigo, quase de irmão. E Louise percebeu isso no final, só final. Admiro a coragem dela de dizer mesmo assim.
ExcluirSempre quis escrever assim, sabe? Acho lindo.
ResponderExcluirAh, tô seguindo o blog.
Um beijo, Karine Braschi.
http://geekdebatom.blogspot.com.br
E eu aqui achando que esse meu conto não tem nada de bem escrito...
ExcluirNão entendi. Ele só disse "Eu também"? shuah Ele ama ela? Do mesmo "jeito"? Cara, eu sou muito burra.
ResponderExcluirNão imaginava esse final, e ficou sim bem escrito (:
Beijos,
http://menina-do-sol.blogspot.com.br/
É assim, ela o ama de um modo e ele a ama de outro... Por isso o título "o meu amor e o teu" ;)
ExcluirVocê sempre escrevendo lindo e me enchendo de emoção. Adorei..
ResponderExcluirBeijo!
Confesso que fiquei refletindo depois de ler. Na primeira leitura não deu pra entender direito. Mas depois de pensar um pouco, tudo fica mais claro.
ResponderExcluirDeve ser meio tenso gostar assim do melhor amigo. Fiquei imaginando se meu melhor amigo, Matheus, se declarasse desse jeito. Eu ia responder um "Eu também", igualzinho.
Enfim, achei o final bem bonito, apesar de triste. "Ela já sabia a resposta, o que não impediu que doesse. E uma lagrimazinha teimosa escorreu pelo seu rosto, se contrapondo a repentina calmaria do seu coração." Essa partezinha final ficou muito bonita, sério mesmo. Adorei o conto!
Eu sabia que você ia gostar depois do que disse no outro post! Também achei meio confuso, estava torcendo para que as pessoas entendessem porque não estava conseguindo fazer de outro modo, eu tinha de me colocar na cabeça dela e ao mesmo tempo ser outra pessoa, foi meio complicado... Mas deu certo! Aprendi bastante com esse conto.
Excluireu adorei o término do conto, você escreve super bem, tipo super mesmo. Me deu um pouquinho de dó da menina, por ter um amor não correspondido. efim, você tem muito talento, e sei que algum dia terei a oportunidade de ver e ler um livro seu (:
ResponderExcluirminhaspequenasverdades.blogspot.com.br
Um dia! Tipo, agora estou escrevendo um infanto-juvenil mais pra treinar do que pra outra coisa, mas o estou amando! Estou aprendendo tanto, eu começo as cenas tendo certa ideia do que vai acontecer, mas tenho uma personagem bem... sentimental, intensa, que muda o ruma das coisas de uma hora pra outra. Parece que ela está viva!
ExcluirEstou me divertindo tanto. Ele não tem nenhum romance, por isso achei que seria complicado já que "essa é a minha casa" como Suzi disse num comentário da primeira parte do conto, no entanto, está ficando bom. Meus personagens são mais complexos e, como nesse conto, eu não posso dizer como eles são, só posso escrever seus pensamentos e cabe ao leitor ver seus defeitos e virtudes, sabe? Além disso, como escrevo muitos contos, acabei notando que as minhas cenas são minúsculas, sério! Até agora consegui uma com uma páginas, esse foi o máximo! Mas veremos aonde isso chegará...
Terminei de ler, e reli.
ResponderExcluirSentimentos e pensamentos entraram em conflito aqui,
amores não correspondidos, ainda mais amores como este descrito,
são de cortar o coração de quem sente e de que assiste :/
Lindo o conto,
eu amei a forma simples, mas fluente e bela com que você escreveu.
Um beijo
http://meninamsicaeflor.blogspot.com.br/
parabéns você escreve muito bem sabe esse conto parece muito com uma situação que passei só que com algumas diferenças tristes :(
ResponderExcluiritsrockmore.blogspot.com
O conto está muito amor (assim como todos os textos que você escreve). Mas é triste.
ResponderExcluirEu não tinha entendido realmente, então vi em uma resposta sua o que significava o título, e achei muito triste. Pois já é difícil criar coragem para dizer uma coisa assim para alguém e esse alguém não entender o que você queria dizer, e depois para encontrar coragem e repetir/explicar é complicado.
Espero que a Louise tenha explicado para o Mateus (que cabeça dura ele, viu?!) os sentimentos dela.
Beijos, Anna!
Florescendo
Eu acho que Louise não gostaria disso. Escrevi pensando naqueles amigos que são quase irmãos. E ele a amava assim, e amava a outra do outro modo. Acho isso bonito, o amor deles, a aceitação dela... Sei lá, mas cabe a você decidir.
ExcluirAdorei o texto, bem do estilo que gosto :)
ResponderExcluirAcho que deveria escrever mais contos assim.
Agora fiquei desejando continuação desse :c
Tecido_Doce
É, agora só me falta a criatividade ^^
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